terça-feira, 20 de março de 2012

It's not always rainbows and butterflies...

Porque a minha twin, M., "obrigou-me" a escrever um texto sobre o Amor, numa entrevista de fórum muito cool aí. Então, cá vai.

Amor, por J.

Amor, é uma coisa fodida. Por mais que te contém coisinhas de finais felizes e coisas do género, Amor vem de onde menos esperas, muitas vezes contra tudo o que desejas e contra aquilo em que acreditas. Amor é uma dicotomia, um paradoxo. Arrebata-te e toma-te por inteiro, sem que possas sequer fazer seja o que for para o impedir. Surge seja como for, por quem for, sobre e apesar de tudo. Amor, é doloroso, porque nem sempre amamos e somos correspondidos, porque ás vezes somos correspondidos mas somos duas estrelas em rota de colisão; porque ás vezes não é para ser, naquele momento.

Amor é também bonito, e pode ser doce. Amor é quando os teus olhos procuram a luz do olhar de outrem, é quando choras, ris, gritas, abraças, é quando vives em sintonia com outra pessoa. É quando farias seja o que for para que a outra pessoa não sofra, ainda que isso implique que sejas tu a sofrer. É quando acima de tudo, desejas o melhor para aquela pessoa, independentemente do que possa ter acontecido entre vocês. Amor é como o vento que sopra nos teus ouvidos, porque permanece em ti mesmo quando tu achas que já não o sentes, é como a poeira de que somos feitos, é como os átomos e as ligações que eles estabelecem entre eles, existe em todas as partes (porque existe dentro de cada um), apresentando infinitas possibilidades , infinitas nuances, de amar um e outro, aquele e mais alguém. Dele nascem as coisas mais bonitas que podem existir. Em nome dele, quantas guerras foram travadas? Quantos livros, músicas, quadros, estátuas, poemas, foram criados sob a sua alçada? Há tantos tipos de amor quantas cores numa palete de pintor. Amor é o que me faz acordar todos os dias com a fé cega de que o amanhã vai ser melhor, que vale a pena viver a vida. Amor é, caindo no cliché, a força que move o mundo. Mas é fodido, o tempo todo. E ninguém disse que ia ser diferente, e quem disse que termina sempre em final feliz contou uma bela de uma mentira. Obrigada Amor, por ser a minha anima.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Day 2 - Your favourite movie

Esta é de caras, Cálice de Fogo. Porque é aquele cuja adaptação é a minha preferida, sem mais.

Day 1 - Your favourite book

Esta é bastante mais simples do que se poderia pensar.

Eu podia dizer que o meu livro favorito é Pedra Filosofal simplesmente porque ele foi o primeiro, porque nunca me esquecerei da minha curiosidade acerca dele, quando a minha avó mo deu olhando bem fundo nos meus olhos, sendo que os dela brilhavam e dizendo: "li bastante sobre a saga, sobre a autora e li várias passagens dele. Minha querida, lê-o e dir-me-ás o que achaste mas nunca te esqueças das lições que vêm aí dadas. Espero que gostes dele tanto quanto eu gostei para to oferecer. Diverte-te e depois conta-me tudo. E quando quiseres os outros, diz-me, que é com todo o gosto que tos ofereço." E começou uma paixão que se transformou em amor, porque eu tinha a exacta idade do Harry a cada livro, porque sentia as aventuras deles, as perdas, os fracassos e as derrotas como se meus fossem.

Nunca esqueci de nada, avó. Como nunca me esquecerei de ti.

Podia dizer que o meu livro favorito é Cálice de Fogo, talvez porque me parece que ele é um marco da metade da adolescência. Algures a meio caminho entre a criança que ficou para trás e o jovem adulto que virá adiante, talvez porque ele tem um tom de acabar com a inocência, destruir alguns sonhos e colocar desejos e esperanças no futuro, especialmente porque acho que a forma como se vive essa fase e aquilo que se retém dela, marca a personalidade de cada indivíduo para sempre. Parece-me que foi ontem, que enquanto lia o quarto livro, ia perdendo, juntamente com o Harry, parte da minha inocência.

Porém, nenhum destes é o meu favorito. Talismãs da Morte ocupa esse lugar, desde a primeira página, até ao fim, não só por todo o tom em que é escrito, meio tenso, meio melancólico meio sereno, que é o meu favorito, com todas as peripécias e finalmente o desvendar de tantos "porquês" como pela maneira brilhante de fechar o ciclo, pela soma de tudo o que aprendi ao longo da saga e do que senti quando cheguei ao "tudo estava bem", marcou-me a alma a ferro e fogo, para sempre. E por isso, obrigada. Nunca me esquecerei, until the very end.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

30 Days Harry Potter Challenge



Não consegui resistir por isso, here it goes:

Day 1
Day 2
Day 3
Is there any of the films adaptations that have made you angry because they’ve ignored important parts of the book?
Day 4
Least favourite female character and why
Day 5
Favourite male character and why
Day 6
What house you would like to be in
Day 7
Favourite female character and why
Day 8
What do you think would be your favourite lesson
Day 9
Least favourite male character
Day 10
Horcruxes or Hallows
Day 11
What character would you say you are most like
Day 12
Favourite relationship
Day 13
Least favourite movie
Day 14
Team Voldemort or Team Harry
Day 15
Who would be your best friends at Hogwarts (three only)
Day 16
Favourite professor
Day 17
Are you excited about The Deathly Hallows movie or scared it won’t do the book justice?
Day 18
Least favourite book
Day 19
Do you prefer the books or films?
Day 20
If you had to meet one member o the cast, who would it be?
Day 21
Out of all the characters that died, if you could bring one back, who would it be?
Day 22
Harry Potter or Twilight?
Day 23
Any part of the books/movies that makes you cry
Day 24
Any particular scene you wished would have been put in the movie but it wasn’t
Day 25
Nineteen years later: Are you happy how it turned out, or do you wish something was different?
Day 26
If you could be able to work one spell without a wand, what would it be?
Day 27
Would you rather own the Invisibility Cloak, the Resurrection Stone, or the Elder Wand?
Day 28
Do you listen to Wizard Wrock? What do you think about it?
Day 29
Did you enjoy A Very Potter Musical?
Day 30
What affect has Harry Potter made on your life, and how much does it mean to you?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Day 3 - Your Parents - Imagine

Queridos Pais,

sei que provavelmente vocês nunca vão ler o que está aqui escrito. Tenho tanta coisa para dizer, que as palavras não passam para o documento, talvez porque me sinto sufocada por tantos sentimentos diferentes, talvez porque foram vocês que me ensinaram que há palavras que não precisam de ser ditas, que são sentidas. E isso, é o mais importante de tudo.

Sei que não sou a filha perfeita, que sou muitas vezes contraditória mas poderia eu ser diferente, sendo vossa filha?

Não tenho muitas recordações de infância, nem particularmente felizes nem particularmente infelizes. A partir dos oito anos é que as imagens do passado se assomam com mais clareza.

Sei que não sou aquilo que sonharam (mas alguma vez os filhos são o que os pais sonham?), que vocês não conseguem compreender tanta coisa em mim, e deveriam fazê-lo porque a minha melancolia e preferência por estar sozinha foi herdada. Sempre tive síndrome do patinho feio, sempre tive medo da solidão (e ironicamente sempre esteve mergulhada nela).

Não é como se eu não quisesse ser de outra maneira, eu não consigo ser de outra maneira. Entretanto luto pelos meus sonhos, porque isso sim, vocês souberam ensinar-me, como me ensinaram a analisar, a criticar, a usar a minha sensibilidade, a sonhar. Souberam ensinar-me a sentir tudo, as cores do silêncio, os cheiros, o calor, o riso e as lágrimas. E talvez por isso, eu não consiga ser outra pessoa. Não se equivoquem, estou-vos eternamente grata por tudo. Deram-me as coisas mais valiosas que tenho, deram-me quem sou. Desculpem por desiludir-vos da mesma maneira como eu vos perdoei por me terem desiludido.

Sei que me amam apesar de nem sempre demonstrarem isso da melhor forma, exactamente como nem sempre eu consigo demonstrar-vos o quanto vos quero e o quanto vos amo.

Faces iguais de moedas diferentes, não é?
Um beijo enorme,
J.

Day 2 - My Crush - Here comes the sun

Querido Ele,

Acho-te piada. Sinceramente. Não sei se é o teu sorriso, o teu olhar, o teu cabelo despenteado. Não sei, sei só que ao mesmo tempo em que sei que não sinto nada de mais por ti, sinto borboletas no estômago e uma vontade de sorrir abertamente. E sentia falta disso.

sábado, 8 de outubro de 2011

Day 1 - My best friend

Querida R.,

não sei bem o que dizer acerca de ti nem como explicar quem és e quem somos sem enrolar-me muito com as palavras, sem escrever um testamento enorme, por isso, vou começar pelo mais simples.

Não me lembro exactamente de quando nos conhecemos a sério. Devíamos ser bebés, acho eu, porque a tua avó e a minha tia-avó eram as melhores amigas, as nossas mães cresceram juntas como irmãs e nós estamos aqui para o que der e vier.

Sei que devia ser final de Primavera ou princípio de Verão quando te conheci "a sério", quando brincámos juntas pela primeira vez. Acho que simpatizámos logo uma com a outra, não havia como não simpatizar com aquela menina com cabelos castanhos e de grandes olhos verdes amendoados que me sorria timidamente quando me disseram: esta é a R., querem ir brincar juntas? E eu, criança solitária olhei para ti e assenti, perguntei-te se querias brincar com Barbies (porque nós somos ainda hoje fãs desse género de coisas). Tu olhaste espantada, abriste os olhos e lançaste-me um grande sorriso, e desatámos a falar como duas matracas...E os dias daquele Verão eram passados a brincar com as Barbies, a correr pelo maior jardim da cidade, na casa da tua avó, da minha, entre grandes lanches e conversas muito sérias para a nossa tenra idade.

Quando se aperceberam do quanto nós gostávamos (e gostamos) uma da outra , as nossas mães e a tua avó sorriram (e sorriem) sapecas, afinal, como nós, eram a Gabriela e a Idália, uma morena e outra aloirada, um par de olhos mel e outro verde, a sorrirem como velhas conhecidas. Porque é essa a sensação que eu tenho R., quando estamos juntas, quando estamos separadas, quando olhamos nos olhos uma da outra, é a sensação de quem se conhece há muitas décadas.

Nalgum ponto do caminho, crescemos, começaste a desabafar comigo e eu contigo, as coisas mais pequenas, as maiores, as lutas, as conquistas, as perdas, as paixonites. Vemo-nos pouco por vivemos longe uma da outra mas tu és aquela ausência que é uma presença constante, onde quer que eu vá, esteja como estiver. Entre jantares, tardes, serões, madrugadas viradas, fins-de-semana em casa de uma ou de outra, cinemas, conversas, a nossa amizade vai crescendo, crescendo, ao ponto de eu não me imaginar sem a tua presença na minha vida. Com todas as nossas diferenças de opinião (que nunca geraram uma discussão), com o choro e o riso compartilhados, os medos e os anseios.

Cada vez mais, mais parecidas, compreendendo-nos uma à outra, sempre com anos a mais para a nossa idade, sempre como se nos conhecêssemos há eras, tu foste deixando de ser a minha melhor amiga, e hoje és a minha irmã. Obrigada por te deixares cativar e por me cativares também!

Por tudo isto, não saberia viver sem ti.
Um grande beijinho, com todo o amor da tua irmã,
J.